Em 1933, logo após a ascensão do nazismo ao poder na Alemanha, milhares de judeus alemães chegaram a São Paulo. Eram, em geral, pessoas com profissões e negócios estabelecidos, profundamente identificados com a cultura alemã e que nunca imaginaram deixar aquele país.

Em 1933, logo após a ascensão do nazismo ao poder na Alemanha, milhares de judeus alemães chegaram a São Paulo. Eram, em geral, pessoas com profissões e negócios estabelecidos, profundamente identificados com a cultura alemã e que nunca imaginaram deixar aquele país.

Um dos fundadores da Comissão foi o médico alemão Luiz Lorch, que se estabelecera no Brasil nos anos 1920, após ter se casado com Luiza Klabin, filha do industrial Maurício Klabin. Ele trabalhava a bordo do navio que trazia Luiza de volta ao Brasil em 1923, quando do falecimento de seu pai. Conheceram-se no próprio navio, trocaram cartas, casaram e decidiram morar no Brasil. Lorch tornou-se figura-chave na recepção e no apoio aos imigrantes da Alemanha.

A Caria começava recepcionando as pessoas no porto, providenciava pensão, a regularização de documentos, apoiava a busca de trabalho, fornecia ajuda financeira aos que não obtinham um emprego e aos que ficavam doentes e não podiam trabalhar. Com a fundação da Sociedade Israelita Paulista-SIP, em 1934, os imigrantes começaram a formar uma comunidade judaica alemã em solo paulista, com serviços religiosos e vida social, cultural e educacional. Com a intensificação da imigração, foi criada em 1936 a Congregação Israelita Paulista (CIP), que se reunia em torno do casal Luiz e Luiza Lorch. Em continuidade à ação da Caria, a CIP criou um Departamento de Assistência Social.

“Educar, para nós, significa defender as crianças contra as injustiças do mundo e fortalecê-las na busca de sua identidade e do sentimento de pertencer à família e à comunidade.

“Educar, para nós, significa defender as crianças contra as injustiças do mundo e fortalecê-las na busca de sua identidade e do sentimento de pertencer à família e à comunidade. Procurou-se estimular a criatividade e o imaginário das crianças para ajudá-las a transcender as amargas experiências do passado e a enfrentar as dificuldades de adaptação e integração no Lar, em um ambiente concorrido, com mais de noventa crianças”, afirmou Henrique Rattner, nascido em Viena, que imigrou ao Brasil em 1951, psicólogo e sociólogo, foi diretor do Lar das Crianças nos anos 1950 e 1960.

Estes valores estavam na base do trabalho com as crianças da CIP desde a sua fundação em 1937. No início, 36 crianças ficavam abrigadas no Lar, 19 delas internas e 17 que passavam o dia e voltavam para as famílias à noite. Cuidar das crianças era parte dos compromissos e das responsabilidades de todos e não apenas dos pais e familiares. Era, portanto, uma assistência que superava a ideia de caridade, entendendo que no futuro todos seriam parte de uma mesma comunidade. Este princípio, instituído pelas imigrantes alemãs e fundadoras Lotte Hamburger e Ida Hofmann, e seguido por Henrique Rattner, tem sido mantido por gerações.

Seguindo os passos dos pais, Bertha e Maurício Klabin, Luiza Klabin, nascida em 1901, se dedicou às causas assistenciais na comunidade judaica. Bertha, nascida na Rússia, foi uma das fundadoras da Sociedade das Damas Israelitas e Maurício, originário da Lituânia e industrial fundador do grupo Klabin, o doador do terreno do Cemitério Israelita da Vila Mariana, entre inúmeras outras ações.

Seguindo os passos dos pais, Bertha e Maurício Klabin, Luiza Klabin, nascida em 1901, se dedicou às causas assistenciais na comunidade judaica. Bertha, nascida na Rússia, foi uma das fundadoras da Sociedade das Damas Israelitas e Maurício, originário da Lituânia e industrial fundador do grupo Klabin, o doador do terreno do Cemitério Israelita da Vila Mariana, entre inúmeras outras ações.

Além de acompanhar o marido Luiz Lorch na fundação da Caria e da própria CIP, Luiza começou sua trajetória como presidente da Gota de Leite e logo depois integrou a primeira diretoria do Lar da Criança Israelita, criado em 1939 pela Sociedade das Damas Israelitas. Uma casa alugada no Bom Retiro passou a sediar um jardim maternal para crianças de três a sete anos. Em 1940, a Ofidas deu continuidade ao trabalho do Lar com uma creche. Entre as primeiras diretoras da nova organização estava Luiza Klabin, mantendo seu trabalho voluntário em prol da infância. Incorporada à Unibes, a creche permanece no mesmo endereço original.

A Ofidas foi fundada por mulheres com a preocupação de compreender as necessidades de suas assistidas a partir da perspectiva da mulher, da criança e da família. Com isso, a ação da Ofidas a diferenciava da Ezra e a complementava.

A Ofidas foi fundada por mulheres com a preocupação de compreender as necessidades de suas assistidas a partir da perspectiva da mulher, da criança e da família. Com isso, a ação da Ofidas a diferenciava da Ezra e a complementava. A Ezra atendia basicamente homens, considerados chefes de família, e acreditava que ajudando o homem resolvia-se a situação da família. Os pedidos de auxílio à Ofidas, por sua vez, eram feitos pela mulher, definindo uma série de especificidades na compreensão e na forma de atender, porque incluía, por exemplo, mulheres separadas ou que queriam se separar e questões de maternidade e da infância.

A entidade, que mantinha gabinete dentário, uma seção de distribuição de roupas e biblioteca juvenil, foi fundada em 1940 a partir da fusão de três entidades: Damas Israelitas, Gota de Leite e Lar das Crianças das Damas. Manteve atividades até 1976, quando se integrou à Unibes. Uma das funcionárias mais lembradas da Ofidas é Elisa Kauffmann, nascida em São Paulo em 1919 e que, a partir de 1944, passou a dirigir o trabalho com jovens, lidando com questões relativas a escolas, cursos e empregos, com financiamento parcial ou total da educação e tratamentos médicos. Elisa depois assumiria o cargo de administradora da entidade, trabalharia na escola Scholem Aleichem, que ensinava cultura ídiche e era ligada à ala de esquerda da comunidade judaica, e em 1947 se elegeria vereadora em São Paulo, o que fez pelo Partido Comunista Brasileiro sob o nome oficial de Partido Social Trabalhista, uma vez que o PCB havia sido cassado. No entanto, os 15 eleitos pelo partido não chegaram a tomar posse, já que os mandatos foram anulados pelo TSE.

“O Joint estava tirando judeus da Bessarábia, então um representante foi lá procurar famílias que queriam vir para o Brasil. Quem sabia o que era o Brasil? Quando chegamos ao Rio fomos parar na Ilha das Flores. Ficamos oito dias lá até que veio o pessoal do Joint, nos trouxe para o Rio e deram para nós um quarto.

“O Joint estava tirando judeus da Bessarábia, então um representante foi lá procurar famílias que queriam vir para o Brasil. Quem sabia o que era o Brasil? Quando chegamos ao Rio fomos parar na Ilha das Flores. Ficamos oito dias lá até que veio o pessoal do Joint, nos trouxe para o Rio e deram para nós um quarto. Ficamos no Hotel Paz, me lembro que era na Praça Onze”, lembra Polly Kasinsky, que imigrou em 1927 e, com apoio do Joint, a família depois se transferiu para São Paulo.

O Joint, ou JDC (The American Jewish Distribution Committee ou Joint Distribution Committee for the Relief of Jewish War Sufferers), como se tornou conhecido, foi criado nos Estados Unidos em 1914 para resgatar e ajudar populações judaicas que haviam se tornado refugiadas na Europa Oriental e na Rússia com o início da Primeira Guerra Mundial. A organização providenciava alimentos, ajuda médica, remédios, treinamento profissional, ensino da língua, apoio a atividades culturais e religiosas e a reconstrução da vida de refugiados, com atenção especial às crianças. Em São Paulo, o Joint trabalhou com a Congregação Israelita Paulista e apoiou a fundação do Lar das Crianças nos anos 1930, auxiliando em geral refugiados e imigrantes, em parceria com comunidades no mundo que pudessem recebê-los.

“Em quatro, cinco dias de mar chegamos em Nápoles e não sabíamos nada do que aconteceria. O pouco dinheiro não dava para viver nem uma semana. Foi uma surpresa, o navio atracou e, quando olhamos para baixo, vimos uma pessoa com Maguen David no braço e chamaram a família Bousso! Todos juntos fomos recebidos pelo representante da Hias.

“Em quatro, cinco dias de mar chegamos em Nápoles e não sabíamos nada do que aconteceria. O pouco dinheiro não dava para viver nem uma semana. Foi uma surpresa, o navio atracou e, quando olhamos para baixo, vimos uma pessoa com Maguen David no braço e chamaram a família Bousso! Todos juntos fomos recebidos pelo representante da Hias. Éramos minha esposa, eu e minha filha, minha mãe, meu irmão que não era casado, minha outra irmã que não era casada, a minha outra irmã com marido, meu outro irmão casado com duas filhas. A maioria dos egípcios foi levada para uma pensão, nós recebemos à noite um prato de sopa quente, Minestrone, que foi a delícia do dia. Para nós, era o Paraíso que estava começando. Descemos no Rio, onde uma delegação da Hias nos veio encontrar na Avenida Rio Branco”, conta Gaston Bousso, nascido no Egito em 1926 e que imigrou ao Brasil em 1957.

A Hebrew Immigrant Aid Society (Hias) teve papel importante na recepção dos imigrantes em São Paulo nos anos 1950, incluindo os oriundos da Hungria, que deixaram o país em decorrência do fechamento do regime após a invasão da União Soviética, do Egito, do Líbano e da Síria, que saíram ou foram expulsos diante das perseguições e restrições à vida judaica nesses países. Uma primeira onda imigratória do Líbano e da Síria já havia chegado a São Paulo nos anos 1920.

A Hias havia sido fundada em 1885 nos Estados Unidos para dar assistência aos refugiados da Europa Oriental que chegavam em número expressivo. Na década de 1920, Hias, JCA e Emigdirect uniram esforços e trabalharam em conjunto. Após a Segunda Guerra Mundial, a Hias aliou-se ao Joint e tornou-se United Hias Service.

A Hilfsverein Deutscher Juden, fundada em Berlim em 1901, auxiliava os imigrantes judeus da Europa Oriental e, depois, apoiou a emigração dos judeus alemães entre 1933 e 1939

A Hilfsverein Deutscher Juden, fundada em Berlim em 1901, auxiliava os imigrantes judeus da Europa Oriental e, depois, apoiou a emigração dos judeus alemães entre 1933 e 1939 e trabalhou em conjunto com a Caria na recepção à chegada dos refugiados alemães a São Paulo.

“A tuberculose, no Rio de Janeiro, mata mais gente do que todas as epidemias juntas; as outras epidemias aparecem, fazem muitas mortes, depois acabam, mas a tuberculose mata o ano inteiro, sem cessar um dia”

“A tuberculose, no Rio de Janeiro, mata mais gente do que todas as epidemias juntas; as outras epidemias aparecem, fazem muitas mortes, depois acabam, mas a tuberculose mata o ano inteiro, sem cessar um dia”, afirmou em 1907 o médico Oswaldo Cruz. Nos primeiros estudos de mortalidade na capital do País, a tuberculose constava como a principal doença contagiosa, sendo superada apenas em alguns anos por surtos de febre amarela. A tuberculose afetou duramente os imigrantes e o custo das internações em sanatórios privados obrigou a Ezra a cuidar dos imigrantes doentes desde os anos 1910.

A inauguração em 1937 do Sanatório Ezra para tuberculosos, em São José dos Campos, foi um notável empreendimento que mobilizou comunidades judaicas em todo o Estado e no País. A capacidade inicial era de 25 leitos. Em 1939, decidiu-se construir um segundo pavilhão e a capacidade total chegou a 120 leitos. O tratamento consistia em internação e isolamento, principalmente nas chamadas “zonas climatéricas”, como Campos do Jordão e São José dos Campos, uma vez que se acreditava que o clima da região e o ar puro ajudariam no tratamento.

Foi apenas a partir dos anos 1940, com a descoberta e a disseminação dos antibióticos, que a cura da tuberculose se tornou possível e os sanatórios foram, pouco a pouco, desativados. O Sanatório da Ezra manteve-se em atividade até 1966, quando a tuberculose deixou de ser uma doença tão mortal. No local onde funcionou a entidade foi erguido um parque municipal.

“Nos dias de Rosh Hashaná de 1937 sempre tinham aqueles senhores que iam fazer discurso depois da reza, subiam na bimá, diziam que precisávamos de escola, muitas crianças no Brás não tinham onde estudar.

“Nos dias de Rosh Hashaná de 1937 sempre tinham aqueles senhores que iam fazer discurso depois da reza, subiam na bimá, diziam que precisávamos de escola, muitas crianças no Brás não tinham onde estudar. Já estava funcionando a sinagoga, inaugurada em 1933 na Rua Bresser. Depois da cerimônia, nós fomos para casa, era a hora de almoço, então o meu pai comentou a falta de escola para as crianças. Aí eu sugeri ao meu pai que ele doasse uma casa para escola. Ele achou ótimo e minha mãe também gostou da ideia. Depois de alguns dias eu fiquei sabendo que eles tinham resolvido mesmo doar uma casa. Depois, a escola ficou pequena, nessa época o meu pai já era falecido, e minha mãe prometeu que ia construir uma nova escola. Venderam a casa da escola, minha mãe construiu outra escola, um prédio de três andares, foi na Visconde de Parnaíba”, contou Maria Fleitlich Rechulski, filha de Luiz e Bertha Fleitlich, fundadores da Escola Luiz Fleitlich.

Outras escolas judaicas foram fundadas a partir dos anos 1930 no Bom Retiro e em outros bairros da capital, nos quais se formaram núcleos comunitários além do Brás, entre eles Pinheiros, Cambuci, Jardins e Vila Mariana. Estas escolas continuaram sendo espaços importantes de acolhimentos e inserção das crianças imigrantes: Ginásio Israelita Brasileiro Talmud Torá, no Bom Retiro; Escola Israelita-Brasileira Luiz Fleitlich, no Brás (e que atendia crianças dos bairros Tatuapé, Penha e Mooca), escola do Cambuci, o Ginásio C.N. Bialik, em Pinheiros, o Ginásio Beith Chinuch, nos Jardins, e o Colégio I.L. Peretz, na Vila Mariana.

Em 1º de março de 1928, o casal de imigrantes poloneses Fishel e Chaia – com os filhos Michel, Wolff, Ettla e Ida, com idades entre 4 e 11 anos – chegou ao porto de Santos, onde foi recebido por um representante da Ezra.

Em 1º de março de 1928, o casal de imigrantes poloneses Fishel e Chaia – com os filhos Michel, Wolff, Ettla e Ida, com idades entre 4 e 11 anos – chegou ao porto de Santos, onde foi recebido por um representante da Ezra. Em São Paulo, a família foi encaminhada para uma pensão custeada pela entidade e Chaia, costureira de profissão, recebeu emprestada uma máquina de costura Singer para que pudesse começar a trabalhar. No mesmo dia, a Ezra recebeu o jovem alfaiate M. Freiger e o sapateiro L.Webwrman, ambos poloneses, para os quais o Bureau de Trabalho conseguiu uma colocação. Durante aquele mês a Ezra recebeu 58 imigrantes, 14 deles crianças, conforme o Livro com as listas de imigrantes entrados pelo porto de Santos e registrados pela Ezra.

Além de uma rede informal de conterrâneos e parentes que atuava para oferecer ou indicar trabalho, entidades como Caria e Ezra criaram Bureaus de Trabalho, que funcionavam como agências para conseguir empregos aos recém-chegados. Foi uma atividade fundamental para a inserção dos imigrantes e, com outros serviços, permanece até hoje em programas renovados na comunidade judaica.

“Dois fatores contribuíram muito para o sucesso do Ciam: a qualidade dos voluntários que o fundou e a separação, desde o início, entre os voluntários e a equipe técnica. Já no primeiro estatuto estavam claramente divididas as tarefas voluntárias (administrativas e financeiras) e as atribuições da comissão técnica.

“Dois fatores contribuíram muito para o sucesso do Ciam: a qualidade dos voluntários que o fundou e a separação, desde o início, entre os voluntários e a equipe técnica. Já no primeiro estatuto estavam claramente divididas as tarefas voluntárias (administrativas e financeiras) e as atribuições da comissão técnica. O grupo de voluntários era muito bom, muito agradável e unido, mulheres ligadas ao Conselho de Mães, que levavam seus maridos a participar. É importante ressaltar que o Ciam não foi fundado, como as Apaes, por pais de crianças excepcionais, mas por mães que se preocupavam com os filhos de outras mães que tinham problemas”, contou a psicóloga Margarida Windholz, que durante dez anos assumiu a supervisão da escola e trabalhou ativamente na Clínica que o Ciam manteve.

Fundado em 1959, o Centro Israelita de Assistência ao Menor – Ciam – cuidava das crianças e dos jovens “excepcionais”, termo que se utilizava na época. Propunha certa autonomia em suas vidas e, em uma postura distinta do que era comum na época, acreditava que não se devia isolá-los e, sim, integrá-los à sociedade. Na sede do Jaguaré foi aberta uma escola em regime de semi-internato e depois seria inaugurado um Lar de Crianças em regime de internato. Não era uma entidade especificamente para acolher os recém-chegados, mas fundada a partir de instituições e pessoas que o fizeram.

A ação resultou da articulação de entidades e profissionais da comunidade judaica, iniciativa do diretor do Lar das Crianças da Congregação Israelita Paulista (CIP), Henrique Rattner, que procurava um formato institucional adequado para um grupo de crianças que vivia no Lar da CIP. Entre os que participaram estavam o Conselho de Mães da Fisesp, as psicólogas Margarida Windholz e Betti Katzenstein e o médico Stanislau Krynski. Em 1991, o Ciam inaugurou a Aldeia da Esperança, inspirado na Kfar Tikva, em Israel, na qual os residentes podiam viver com relativa autonomia; a Aldeia teve suas atividades encerradas em 2019. O Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar, nome atual da entidade, mantém suas atividades na unidade do Jaguaré.

A Oficina Abrigada de Trabalho – OAT – foi criada pela Hebrew Immigration Association Service (Hias) e transferida em 1956 para a Liga Feminina Israelita do Brasil, que passou a atender pessoas com deficiência intelectual e física.

A Oficina Abrigada de Trabalho – OAT – foi criada pela Hebrew Immigration Association Service (Hias) e transferida em 1956 para a Liga Feminina Israelita do Brasil, que passou a atender pessoas com deficiência intelectual e física. Em 1987 a Comunidade Shalom, sucessora da Liga, assumiu a OAT, que se dedica a preparar e inserir pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho.